Criada pela start-up mineira Sunew, a árvore fotovoltaica tem capacidade de produzir energia com luz indireta
Quem visitou a CASACOR Minas deste ano, deve ter reparado numa árvore diferente. Ela foi instalada no Parklet, ambiente do escritório Sinnema Arquitetura localizado em frente à entrada do casarão da Sapucaí.
O que talvez tenha passado batido é que essa “árvore” é, na verdade, um mobiliário urbano inovador e de alto impacto que alinha design, sustentabilidade e energia limpa: o OPTree. Multifuncional, o OPTree conta com 5 saídas USB que permitem a recarga de telefones celulares, tablets e outros dispositivos eletrônicos, além de uma lâmpada LED decorativa. O mobiliário, no entanto, é mais que isso: trata-se de um espaço que permite momentos de conforto e descanso e encontros com amigos, por exemplo, colocando a população em contato com a inovação e a sustentabilidade.
Como a OPTree consegue gerar energia? Suas “folhas” receberam filmes plásticos – leves, finos e flexíveis com capacidade de absorver luz difusa e gerar energia através de um substrato orgânico semicondutor presente em sua superfície. Esse filme plástico é resultado de uma pesquisa desenvolvida aqui em Belo Horizonte pela startup Sunew. Também conhecidos como OPV (Organic Photovoltaic), os Filmes Fotovoltaicos Orgânicos são a terceira geração de células solares e são a alternativa mais “verde” para geração de energia. Os detalhes deste material você poder ver aqui no site da empresa.
Mas uma das coisas mais legais desse filme fotovoltáico é que, por ser transparente e flexível, ele não afeta a arquitetura e design de onde é instalado. Imperceptível e customizável, ele se adequa facilmente a diversas demandas. Para você ter uma ideia, toda fachada da nova sede da TOTVS, em São Paulo, possui OPV aplicado.
Outro bom exemplo está na nova sede do Itau, em São Paulo. Na área da academia, 60 painéis de vidro da claraboia foram adesivados com OPV juntamente a uma outra película que evita o aquecimento do espaço gerando maior conforto aos usuários.
Agora a gente segue torcendo para que a pesquisa continue e que haja incentivos para redução dos custos de produção do material. Assim, ele poderá ser amplamente utilizado em projetos de diversas escalas e tipos de uso.