A gente já começou a falar no último post sobre os vários novos profissionais desta edição da Casa Cor Minas. Mas entre os estreantes, alguns não são necessariamente novatos. O arquiteto Felipe Soares, por exemplo, foi estagiário do diretor da mostra, João Grillo, por quase 3 anos. Claro que acompanhar de perto a montagem e o processo de produção da Casa Cor era uma das vantagens do trabalho. Talvez por já ter tido essa experiência prévia e conhecer por dentro o funcionamento do evento, Felipe se diz pouco ansioso com a estreia oficial como profissional da mostra. “Estou resolvendo uma coisa de cada vez, dia após dia, e tenho certeza que vai dar tudo certo”, conta confiante. Felipe é responsável pelo BOX 14, ambiente construído dentro de um container que terá todas as funções de uma casa normal. Preocupado com a sustentabilidade, tema sempre presente na Casa Cor, o arquiteto vai usar lã de pet, feita com mais de 12 mil garrafas, para construir o isolamento térmico do espaço de 30 m².
Felipe destaca a 14ª edição da Casa Cor Minas que aconteceu no Lounge InPar, na Lagoa dos Ingleses, quando ele ainda era estagiário de João Grillo. | Foto: Jomar Bragança
A designer de interiores Juliana Lima também já passou pela mostra trabalhando como estagiária. Em 2010 ela integrou a equipe de Adriana Diniz e participou do projeto da Cozinha e Sala para amigos. Mesmo com essa bagagem, Juliana, que este ano assina o Container Office junto com a arquiteta Bruna Bonfante, confessa que a ansiedade é grande. “Participar da mostra é ainda mais corrido do que lidar com cliente, que também quer tudo pra ontem. Na Casa Cor, muita gente trabalha junto e não pode atrasar, tem que dar certo”, afirma. O ambiente da dupla, um escritório itinerante criado também em um container, está entre os destaques desta edição e tem tudo para atrair a atenção do público. E Juliana conta que se preparou bem para receber os clientes que possivelmente virão com a exposição da Casa Cor Minas. “A mostra apresenta o nosso trabalho para o Brasil inteiro e eu me sinto preparada para isso. Meus 4 anos de carreira me deram a base necessária”, conclui.
Primeira experiência da então estagiária Juliana Lima na casa Cor Minas. A Cozinha e Sala para amigos, ambiente assinado pela designer de interiores Adriana Diniz, em 2010. | Foto: Jomar Bragança
Sarah James é mais um nome do time dos novatos que já tem história com a mostra. Ela visitou todas as 20 edições da Casa Cor Minas antes mesmo de se decidir pela arquitetura. Em 2013 integrou a equipe da arquiteta Anaine Pitchon participando da criação de dois espaços da edição que ocupou a Residência Dalva Simão, desenhada por Oscar Niemeyer. “Como a casa tinha essa memória histórica não podíamos fazer grandes intervenções para não descaracterizar o espaço, então a gente acabou de fato vestindo a casa de Niemeyer”, relembra. Este ano ela vai projetar o Closet, ambiente que andava sumido da Casa Cor Minas. A inspiração partiu de personagens femininas de destaque, de Maria Antonieta à mulheres contemporâneas. “Procurei criar um espaço no qual seja possível ter um momento de relaxamento e luxúria”, conta Sarah. A arquiteta vai usar piso em pastilha hexagonal, que lembra pequenas colmeias de abelha em construção infinita, armários e prateleiras de design moderno e a penteadeira com releitura dos moldes clássicos que foi especialmente desenhada para o espaço. Com 6 anos de carreira, Sarah vê como única a oportunidade de participar da Casa Cor Minas. “A mostra sempre teve um papel muito importante na minha vida e poder participar significa que estou construindo algo sólido e significativo”, completa.
Sarah participou da criação do Jardim da Piscina e do Jardim de Entrada e Varanda, espaços assinados pela arquiteta Anaine Pitchon na mostra de 2013. | Fotos: Jomar Bragança
Gostou? Ainda tem mais profissionais estreantes nesta edição da Casa Cor Minas, viu? Este ano a mostra está cheia de novidades, então aguenta aí!