O Instituto Americano de Arquitetos (AIA) preparou uma lista com os 10 projetos que melhor combinaram arquitetura e sustentabilidade em 2014. Muito além de painéis solares, as construções apresentam uma abordagem mais integrada com o terreno, preservação e proximidade com sistemas de transporte. Para entrar na lista, o projeto deveria ser mais do que uma edificação sustentável isolada, mas interagir de forma positiva com o tecido urbano em grande escala.
Outro ponto alto da lista é a quebra do paradigma de que projetos arquitetônicos sustentáveis são esteticamente desfavorecidos. Confira os projetos escolhidos:
Sustainability Treehouse | BNIM
Localizada no estado da Virgínia, esta ” casa na árvore” tem uma vista privilegiada da natureza que tenta preservar através da arquitetura. O projeto emprega cisternas que podem reservar 3785 L de água e é abastecido por energia eólica e solar.
Arizona State University Student Health Services | Flato Architects
As universidades americanas também se destacam na lista. Esta localizada no estado do Arizona prioriza a entrada de luz natural e recebeu certificação LEED Platinum. Os espaços externos são verdes e contribuem para a qualidade do ar do campus, com espaços para yoga e meditação.
Bushwick Inlet Park | Kiss + Cathcart
Um novo parque no famoso bairrro do Brooklyn, Nova Iorque surgiu de uma estrutura industrial abandonada. Além da reutilização de materiais, as estruturas do parque são cobertas com telhados verdes. Aprenda a fazer o seu.
Bud Clark Commons | Holst Architecture
A capital de Oregon inaugurou recentemente este albergue que economizará cerca de U$ 60 mil dólares – cerca de R$ 120 mil reais – em energia por ano. O design eficiente combina energia e aquecimento solar com pequenas estações de tratamento de esgoto.
SUNY-ESF College of Environmental Science & Forestry | Architerra
Este prédio universitário em Nova Iorque recebeu selo LEED Platinum por produzir energia o suficiente para ser autossustentável. O complexo é capaz de fornecer aquecimento para 60% do campus e fornece 20% do total de energia.
John & Frances Angelos Law Center | Behnisch Architekten
A Universidade de Direito de Baltimore economiza 43% da energia utilizada em um edifício típico dessa escala. O objetivo do complexo é atingir a neutralidade climática em alguns anos.
U.S. Land Port of Entry | Snow Kreilich Architects, Inc.
Este prédio federal no Minnesota recebeu certificação LEED-Gold. Parte do complexo foi restaurado para se adequar a práticas sustentáveis e utilizou materiais reciclados e de madeira reflorestada. O projeto também conta com coleta de água da chuva.
The David and Lucile Packard Foundation Headquarters | EHDD
A Fundação Packard associa design a sustentabilidade e mobilidade urbana. Situada na Califórnia, o novo prédio combina belos jardins, medidas de eficiência energética e foi estrategicamente implantado em uma área central da cidade, próxima de diversos meios de transporte.
Este tribunal histórico de Oregon foi preservado e transformado em um complexo sustentável através de uma reforma delicada, que preservou os detalhes históricos e implementou sistemas de energia solar, geotérmica, controles wireless e iluminação LED.
A própria restauração pode ser considerada uma medida ecofriendly e bem mais econômica do que demolir o edifício e começar um novo do zero.
Wayne N. Aspinall Federal Building and U.S. Courthouse | The Beck Group
O último projeto da lista também é institucional. A partir de uma reforma, este prédio agora é exemplo de eficiência energética. Os reparos caminham para tornar a edificação uma das mais sustentáveis do país. Atualmente, o prédio economiza de 60 a 65% de energia quando comparado a projetos do mesmo tamanho.
O ranking reúne projetos interessantes, mas é frequentemente questionado por seu nome, já que só representa a totalidade de projetos de arquitetura dos Estados Unidos e está assinalada em um ano que ainda não acabou. Apesar das controvérsias, o crescimento da arquitetura sustentável nos EUA é expressivo. De 2005 a 20012 o número de edifícios ecologicamente corretos cresceu 39%.
fotos Divulgação
via Fast & Company